quinta-feira, 7 de junho de 2012

Quem conta um conto aumenta um ponto (parte III)

AH, o nosso bom e velho amigo, o tempo. Senhor de todas as coisas (mentira), me fascina e me desespera, carrega consigo todas as vontades, todos os desejos e todas as memórias. Me abraça forte, me sussurra ao ouvido palavras doces e vai embora, escorre, se esvai. Pulsa forte dentro de tudo e fora daquilo que mais lhe parece.
Tranca meu cérebro em vida, parca, lenta e dolorosa, falha, incompleta, precisa de ti, o que é intangível e acima de tudo, me a trouxe e foi-se com ela. Gargalha da minha insanidade, da minha burrice, do meu desejo tolo de compreender-lhe em tudo que é. e eu, criança, sonhador, caiu nas tuas garras, acredito no teu lamento e penso, ingenuamente, que consiguirei descobrir os teus segredos.
Assim tu és, cruel, impassível, soberano. Estende tua mão por tudo o que permeia o existente e o inexistente. Tuas lágrimas não são para nós, tuas lágrimas se quer são. Tuas lágrimas, guardas para ti mesmo. Mereces mais do que tudo, a dúvida e a contemplação. Deliram-se os poetas, assim como eu tento delirar agora. Mas o que busco, ainda que muito lhe pareça, não é a loucura ou a belza, o poema perfeito, a descrição metafórica. Não, o que busco é a certeza, aquela velha certeza, simples, chata e clara. Sem rodeios, sem enfeite. E mesmo sabendo que não posso alcansá-la, procuro.
Tu corróis tudo, meu corpo, minhalma, que já não existe mais, não existe mais nada, só tu, e me tomas junto ao peito e me carrega embora. Lá vem vindo a cria nova, aqueles que pouco sabem, que pouco conhecem e tu olhas sínico e lhes mostra um sorriso apetitoso. Vai começar tudo outra vez!

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Um delta T maior que 10º (graus)

Tudo que eu faço eu faço com grande intesidade
porque eu sou uma das poucas pessoas no mundo que sabe
que sabe o que é primordial
o que é primordial de verdade.
garotas como você, Garotas como você não tem a capacidade, não tem a maturidade.
garotas como você, não tem a maturidade para entender,
garotas JOVENS como você, não tem a maturidade para entender o que é primordial,
que o primordial de verdade
que o primordial é a TERMODINÂMIACA,
que o primordial é a TERMO DINÂMICA.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Considerações sobre a descrença.

 Nada precisa se justificar na espiritualidade. Ela é sim reconfortante. admito. a idéia de que não há uma punição para os cruéis, de que não há uma justiça divina, ou seja o que for nesse sentido é provavelmente o mais triste de não se crer em um deus ou em algo espiritual. tb há a falta de consolo sobre os mortos. As pessoas que você amava e não poderá reencontrar nunca mais pq elas simplesmente são um amontoado de átomos ao acaso. Mas ao contrário do que possa parecer, essa idéia tb carrega muita beleza. Como sua vida é única, mesmo sendo apenas um fruto do acaso, enquanto você está aqui, vivo, é o único momento que você possui para tornar isso especial e viver da melhor maneira possível. E se desejas mesmo um conforto na imortalidade, não procure essa imortalidade na alma, mas nas suas ações. Seja bom, correto, honesto, idôneo. talvez, escreva um livro. Tenha um filho (é a única maneira de enganar a morte, hehe). Creio que ser feliz é fazer o que é certo, dentro das suas possíbilidades e sem prejudicar os outros.

sábado, 5 de maio de 2012

Aquele sobre a vida e a morte.

Apenas alguns epitáfios que não terei a oportunidade de usar:



Talvez tenha faltado-me algum esforço, talvez.


Chega um momento na vida de um homem que ele tem que fazer o que um homem tem que fazer.


Fiz muitas coisas na vida das quais me arrependo.
Uma delas foi morrer usando minha pior cueca.


Fiz muitas coisas na vida das quais me arrependo.
Morrer não foi uma delas.


Aqui jaz poeira estelar.


Esta lápide é pequena demais
para um epitáfio significativo.


Como um sopro
a vida sai do corpo
Vazio, oco.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Como levar a vida numa boa! O guia definitivo não tão prático e nem um pouco eficiente!

1ª Lição: Viver é uma merda. Acostume-se com isso.

Não importa quanto dinheiro você tenha, mesmo que seu pai seja milionário, bilionário, trilardário, mesmo que você sempre tenha tudo do bom e do melhor, ainda assim você vai ter que ir a escola. provavelmente, mesmo que seja para cuidar dos negócios da família, terá que fazer uma faculdade. Isso se você tiver sorte, se você for pobre sua vida vai ser uma merda em dobro. Todos tem que comer afinal de contas, e o McDonald's precisa de funcionários. Mas quem já nasceu na merda está mais acostumado a lidar com isso. Volto-me principalmente àqueles que já tem a vida boa, por assim dizer.

Não importa quantos carros você tenha, quão educados sejam os seus filhos, com quantas mulheres ou homens ou ambos você transe. Simplesmente não importa, em algum momento você vai parar e pensar: "minha vida é uma bosta!" E é mesmo, você só está se dando conta de um fato. Isso é bom, se dar conta disso é o primeiro passo para levar a vida numa boa. Agora você só precisa parar de se importar com isso.

A primeira lição acaba por aqui. Assim mesmo, bem abruptamente e sem muitas conclusões. Com o passar do tempo vou adicionando capítulos ao livro e você saberá sobre coisas totalmente inúteis que pode fazer (ou não) para levar a vida numa boa. E lembrem-se: "O importante é não se importar!"

quarta-feira, 28 de março de 2012

Quem conta um conto aumenta um ponto (parte II)

Cotidiano da vida comum


- Do que você está falando? eu sou um ótimo professor! Eu ensinaria um macaco a dançar tango, (pequena pausa) se eu soubesse dançar tango.

- E quando foi que desaprendeu?

- Semana passada, na quarta!

- Putz, odeio quando isso acontece.


sexta-feira, 23 de março de 2012

Quem conta um conto aumenta um ponto (parte I)

Ganhei na mega da virada. Matar agora, só por diversão
 
 
Ano novo, vida nova. Esse foi o primeiro pensamento que passou pela cabeca de Alfredo ao acordar domingo. Primeiro de dezembro de 2012. Que grande besteira, nada mudou e nada vai mudar. É só a passagem de um dia pro outro, como em qualquer outra data do ano. Ao menos é domingo. Café da manhã, lavar o rosto, escovar os dentes, o ritual de sempre. Alfredo morava sozinho. 27 anos. Funcionário público. Uma vida simples e de poucas preocupações. Atento a saúde e crente em todas as coisas que dizem na tv preparou-se para sua caminhada dominical no parque central da cidade. Mal sabia ele que sua vida de fato mudaria e muito graças a virada do ano, devido a um acaso do destino que nada tinha a ver com ele e do qual ele jamais ficaria sabendo.
Despreocupadamente caminhando pelo parque em um ritmo acelerado, ouvindo seu mp3 ele foi baleado. Infelizmente fora vitima de um assassinato não premeditado. Um assassino de aluguel qualquer, que nada tinha a ver com sua vida havia ganho na mega da virada. Matou-o só por diversão.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Leitura Sugerida

Chamai-me Ismael. Já faz algum tempo, não importa quanto precisamente... (tá bom, parei).

Quem sabe qual o nome do livro? hã hã, hein? doli uma doli duas...

Não vem ao caso, não é sobre ele que quero falar-vos. Conheci a pouco tempo, não importa quanto precisamente, um jornalista barra escritor barra dramaturgo gaúcho, chamado Sérgio Jockymann, que faleceu recentemente. Dezembro de 2011 aos 80 anos. Para maiores informações cliquem aqui!

Só pra vocês terem uma noção do tamanho do pinto que o cara tinha, um dos poemas dele, que por acaso é o que quero compartilhar convosco, era ae na interwebs, erroneamente atribuído a Vitor Hugo. (sem uso da crase porque o nome é masculino. hehe). Se liga na pira:



Os Votos
“Pois desejo primeiro que você ame e que amando, seja também amado.
E que se não o for, seja breve em esquecer e esquecendo não guarde mágoa.
Desejo depois que não seja só, mas que se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos e que mesmo maus e inconseqüentes sejam corajosos e fiéis.
E que em pelo menos um deles você possa confiar e que confiando não duvide de sua confiança.
E porque a vida é assim, desejo ainda que você tenha inimigos, nem muitos nem poucos, mas na medida exata para que algumas vezes você interprele a respeito de suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo para que você não se sinta demasiadamente seguro.
Desejo depois que você seja útil, não insubstituívelmente útil mas razoavelmente útil.
E que nos maus momentos, quando não restar mais nada, essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante, não com os que erram pouco, porque isso é fácil, mas com aqueles que erram muito e irremediavelmente.
E que essa tolerância nem se transforme em aplauso nem em permissividade, para que assim fazendo um bom uso dela, você dê também um exemplo para os outros.
Desejo que você sendo jovem não amadureça depressa demais,
e que sendo maduro não insista em rejuvenescer,
e que sendo velho não se dedique a desesperar.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e é preciso deixar que eles escorram dentro de nós.
Desejo por sinal que você seja triste, não o ano todo, nem um mês e muito menos uma semana,
mas um dia.
Mas que nesse dia de tristeza, você descubra que o riso diário é bom, o riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra com o máximo de urgência, acima e a despeito de tudo, talvez agora mesmo, mas se for impossível amanhã de manhã, que existem oprimidos, injustiçados e infelizes.
E que estão estão à sua volta, porque seu pai aceitou conviver com eles.
E que eles continuarão à volta de seus filhos, se você achar a convivência inevitável.
Desejo ainda que você afague um gato, que alimente um cão e ouça pelo menos um João-de-barro erguer triunfante seu canto matinal.
Porque assim você se sentirá bom por nada.
Desejo também que você plante uma semente por mais ridículo que seja e acompanhe seu crescimento dia a dia, para que você saiba de quantas muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro porque é preciso ser prático. E que pelo menos uma vez por ano você ponha uma porção dele na sua frente e diga: Isto é meu.
Só para que fique claro quem é o dono de quem.
Desejo ainda que você seja frugal, não inteiramente frugal, não obcecadamente frugal, mas apenas usualmente frugal.
Mas que essa frugalidade não impeça você de abusar quando o abuso se impor*.
Desejo também que nenhum de seus afetos morra, por ele e por você. Mas que se morrer, você possa chorar sem se culpar e sofrer sem se lamentar.
Desejo por fim que,
sendo mulher, você tenha um bom homem
e que sendo homem tenha uma boa mulher.
E que se amem hoje, amanhã, depois, no dia seguinte, mais uma vez e novamente de agora até o próximo ano acabar.
E que quando estiverem exaustos e sorridentes, ainda tenham amor pra recomeçar.
E se isso só acontecer, não tenho mais nada para desejar”


Espero que para vocês, assim como para mim, este poema tenha causado algum estupor (né Miss?) e que se aproveitem dele para algo útil.

domingo, 18 de março de 2012

Aquele sobre concursos públicos

O Coordenador da Coordenadoria de Gestão de Recursos Humanos da Secretaria de Estado da Educação torna pública a abertura de inscrições para provimento de 9.932 (nove mil novecentos e trinta e dois) cargos de Agente de Organização Escolar - Processo n° 1838/0100/2006 - Vol I a V (SGP-7.398-08) - DOE 06/10/2011, do Quadro de Apoio Escolar da Secretaria da Educação.

Quantas vagas Vegeta?






É galera, a secretaria de estado da educação de SP deve estar quebrada!

sábado, 17 de março de 2012

quinta-feira, 15 de março de 2012

Ainda há esperança!

Como todos já sabem (ou não), Eu estou em SP capital. Ensebei-me um pouco para comprar as passagens, bem típico da minha parte, mas finalmente comprei-as e embarquei. Cá chegando no apartamento vou ajeitar as minhas tralhas quando dou-me conta: Esqueci meus travesseiros. Maldito seja. Perguntei pro Marcos, fulano que faz letras na USP e divide o ap comigo:
 - Sabes onde posso comprar um travesseiro?

 - Ah cara, perguntasse uma coisa específica demais agora, não faço ideia (agora sem acento).

 - Beleza, amanhã eu me arranjo.


Tempo depois, vou eu ao mercado aqui perto e casualmente abordo uma pessoa aleatória:

 - Senhora, a senhora saberia me dizer onde há uma loja aqui por perto onde eu possa comprar um travesseiro?

 - Tem uma loja ali... você conhece bem por aqui?

- Não. Não conheço nada. cheguei hoje.

- Você é estudante da USP?

- É, vou fazer teatro. ou filosofia.

- Meu filho fez mestrado na USP também. Ele é engenheiro, agora quer fazer filosofia.

- Filosofia é legal.

- Olha, eu tenho dois travesseiros sobrando ali em casa, que era pra doação mesmo. Estão usados, mas se você não se importa pode ficar com eles. Eu moro naquele prédio branco ali na frente. você já fez as suas compras?

- Já!

- Então vamos passar ali no caixa e depois eu pego um travesseiro e te entrego.


E foi assim que uma mulher totalmente aleatória no mercado me deu um travesseiro. E de quebra ela ainda me deu um charope pra tosse. pq sabe né, esse clima de São Paulo. o cara fica mal da garganta.

Conclusão: Deus ajuda os vagabundos!
=]

Agora é oficial.

Não tem mais xuxups. Sou um paulistano, tá ligado meuw!